#35: O OBSERVADOR E A OBSERVAÇÃO (I)
a relação entre o observador e seu objeto de observação é de muita troca e compreender essa correlação será útil para chegar a melhores resultados
🔉 a partir de agora, a TTB poderá explorar mais um sentido seu: a audição! enxerguei nisso uma grande oportunidade para indicar música boa (métrica: eu 😂) para vocês. hoje, fiquem com The xx, em Intro (aperte o botão ▶️ abaixo para desfrutar melhor do conteúdo da sua caixa).
Contextualizando…
esses dias, lembrei de um texto que fala sobre a relação simbiótica entre o observador e a realidade. o texto é de Humberto Maturana (inserido no livro “Cognição, ciência e vida cotidiana”). Maturana é um biólogo que se dedicou ao desenvolvimento de uma teoria sobre o conhecimento. digno de várias sessões de terapia😂, o assunto tem relevância para qualquer contexto, inclusive para o empreendedorismo 💡 devido à riqueza de oportunidade de promover insights, esta edição foi dividida em 2 partes.
FORA DA CAIXA 📦🏃♀️
O CONHECIMENTO É CIRCULAR
Maturana reflete sobre a ciência como um domínio cognitivo gerado como uma atividade biológica humana. isso quer dizer que, para o autor, a ciência, aquela espécie de conhecimento validado por um método científico, é gerada por uma atividade BIOLÓGICA. logo, o processo do conhecer seria, sobretudo, um processo biológico.
se é biológico, precisamos falar do nosso cérebro!🧠nele, a organização básica da vida tem uma forma circular 🔃 isso porque o sistema nervoso funciona através de correlações internas. sua estrutura interna é construída com capacidade de auto-organização (autopoiese). a disposição dessa capacidade se deu a partir do reconhecimento de que ela pode ser perturbada 🤯 quando isso acontece, o sistema gera compensações, se modificando internamente, para não perder a organização.
explico isso para dizer que: o observador, enquanto ser social, realiza correlações internas e interage com o meio natural e social e é através disso que o conhecimento surge. em suma, o mundo age sobre o observador e o observador age sobre o mundo 💡🔃
👉 não perca nunca a oportunidade de pensar/estimular que as pessoas pensem com autonomia, questionando as premissas fixadas por quem quer que seja, inclusive pelo mercado.
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A NEUTRALIDADE NÃO EXISTE
Maturana conclui que “para entender a observação é necessário entender o observador.” os olhos do observador, e não o mundo, definem como ele percebe as coisas. e o observador é esse sujeito que faz correlações o tempo todo.
👉 disso se extrai que não é possível isolar o observador de suas experiências. acostume-se a lembrar disso quando chegar a alguma conclusão e quando colher a opinião de outras pessoas. mesmo que não seja possível isolar as experiências, crenças e cultura, no mínimo, essa premissa te ajudará a fazer melhores perguntas e, por conseguinte, obter melhores respostas.
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A REALIDADE É CONSTRUÍDA A PARTIR DA LINGUAGEM
o observador se distingue dos outros seres vivos auto-organizados pela linguagem, que é capaz de construir/modificar nossa percepção 🗣️
através da linguagem podemos explicar nossas ideias e experiências. por sua vez, se a explicação é feita por um ser humano, necessariamente contém emoção e isso implica que há emoção até mesmo por traz do conhecimento científico💓
as emoções são disposições corporais dinâmicas que especificam o domínio no qual ocorrem nossas ações. na mesma medida, as perguntas que movem o observador não estão longe de seus desejos e fantasias.
👉 lembre-se disso sempre que precisar tomar decisões ou influenciar as decisões de outras pessoas (falo de processos decisórios porque é aqui que os problemas de comunicação pegam). identificar os fatores emocionais te ajudará a utilizar a racionalidade a teu favor, permitindo-se guiar pela temperatura emocional que as perguntas feitas te auxiliam a identificar.
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os insights desta Parte I fizeram sentido para você? me deixe saber!