temos identificado uma mudança comportamental nos adolescentes e jovens adultos (mais conhecidos como “geração Z” – nascidos entre 1997 e 2010). Na minha bolha, a percepção de que os jovens andam mais frágeis é unânime. Talvez “frágil” nem seja a melhor palavra, mas vamos trabalhar com o que recebemos (ora, ora... uma antifrágil aqui 😏– já conversaremos sobre isso).
os fatores que levam à percepção dessa fragilidade são os mais diversos, tais como identificação de um maior número de doenças psicológicas e menos flexibilidade frente às exigências profissionais (que eram aceitas com facilidade pelas gerações anteriores).
🌍 a OMS identificou que, em 2019, cerca de 1 bilhão de pessoas já viviam com algum transtorno mental, sendo 14% adolescentes. A depressão e a ansiedade teriam aumentado mais de 25% só no primeiro ano da pandemia do covid-19.
✅ em 2022, a Work Trend observou o impacto da mudança comportamental da geração Z no trabalho. Eis os cinco principais aspectos considerados como “muito importantes” a serem fornecidos pelo empregador: cultura positiva (46%), benefícios de saúde mental/bem-estar (42%), senso de propósito/significado (40%), horário de trabalho flexível (38%) e mais do que as duas semanas padrão de férias remuneradas a cada ano (36%).
esses fatores seriam mesmo identificadores de uma geração mais frágil? Em todo caso, isso impacta muito o mercado de trabalho e a forma de conseguir/reter colaboradores para desenvolver negócios.
FORA DA CAIXA 📦🏃♀️
em o “antifrágil: coisas que beneficiam com o caos”, Nassim Nicholas Taleb traz 3 conceitos (a tríade):
🍷 frágil: aquele que se rompe e deforma diante de um agente externo.
🥤 robusto: aquele que, embora supere adversidades, é neutro, incapaz de absorver benefícios desse processo.
🦑 antifrágil: aquele que sobrevive a eventos adversos e aprecia a aleatoriedade, o inesperado, extraindo benefícios do caos para o próprio desenvolvimento.
Taleb traz uma série de exemplos, das mais diversas fontes, para nos colocar diante da tese de que as adversidades e os conflitos devem nos instigar a seguir em frente. O erro/desordem é o caminho para o aperfeiçoamento. Por isso, não se deve investir tempo tentando antever o caos e evitá-lo a todo custo.
💪 para alcançar a antifragilidade, o autor sugere a estratégia barbell (quem treina, vai lembrar da barra e é isso mesmo).
(1) identificar a fragilidade: frágil seria tudo o que vem de eventos aleatórios/errôneos e produz mais desvantagem que vantagem. O contrário é antifrágil;
(2) diminuir as desvantagens/fragilidades: combinar forças extremas, não necessariamente simétricas, e mantê-las afastadas. De um lado, aversão extrema ao risco; do outro, adoração ao risco. Sugestão: de um lado, com maior peso, colocar algo que permita construir proteção; do outro, colocar algo que possa trazer grandes vantagens, embora seja arriscado.
“Não terás a antifragilidade à custa da fragilidade dos outros” (Nassim Nicholas Taleb)
E SE A CAIXA FOSSE SUA? 📦🦹♂️
imagine (ou lembre) que você está insatisfeito com sua carreira. Elabore um esquema gráfico que permita compreender quanto tempo você tem dedicado para construir proteção e quanto tempo tem dedicado em projetos arriscados, mas com grandes vantagens (dica: é só olhar sua agenda e observar a distribuição de tempo). Nos dois cenários, quanto você tem posto sua “skin in the game”? Ou quanto você tem sido responsável pelas regras do SEU jogo?