a inovação tecnológica tem permitindo o desenvolvimento de importantes transformações no sistema financeiro. A tecnologia tem favorecido a construção de um sistema mais democrático, ágil, transparente, seguro e até mesmo descentralizado, o que há poucos anos seria inimaginável 💡
a consolidação das fintechs (acaso alguém não saiba, de maneira simplificada, são startups que usam a tecnologia como ferramenta para oferecer produtos e serviços financeiros de maneira inovadora e escalável) é um dos fatores que contribui para a transformação do sistema financeiro. Segundo a Inside FinTech, no Brasil, em 2022, já existiam mais de 1200 fintechs (mapeadas).
percebendo a adesão à inovação tecnológica também nos serviços financeiros, o Banco Central do Brasil divulgou que lançará o real digital até 2024. Esse tem sido, inclusive, o tema da edição do Lift Challenge, que é realizado pela Fenasbac (Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central) em parceria com o Banco Central. No começo deste mês (no dia 06/03/23), o Bacen já começou a fazer testes para implementação do projeto-piloto.
FORA DA CAIXA 📦🏃♀️
depois de ler algumas matérias confusas e até inverídicas sobre o real digital, com erros inclusive de taxonomia, decidi utilizar este nosso espaço para trazer os principais elementos caracterizadores desse projeto.
o real digital será uma CBDC (Central Banks Digital Currencies), o que significa dizer que é apenas uma versão digital do real, possuindo o mesmo valor da moeda nacional;
não é uma espécie de criptomoeda. O real digital, diferente das criptomoedas, é operado de maneira centralizada;
não é igual ao pix. É uma alternativa que funcionará da seguinte maneira: o cliente poderá solicitar a geração de um token de depósito bancário (tokenização de depósitos) de qualquer valor e o Banco Central emitirá. Uma diferença interessante é que o real digital não pode ser resgatado como cédula. Fica na carteira digital do destinatário final;
para que seja emitido, é necessário ter custódia, que significa ser transacionado por instituições financeiras;
o lastro do real digital é a moeda brasileira e a garantia é dada pelo Banco Central, tal qual o real físico, o que confere maior estabilidade e segurança à moeda digital (comparando com as moedas de emissão particular);
embora o Brasil esteja sendo ousado no projeto, não será o único país a ter uma moeda nacional digital. Bahamas, China, EUA, Japão tão estão desenvolvendo projetos parecidos;
se você gosta desse tema, me escreve para trocarmos ideia! Confesso que tive que segurar a mão para não perder o compromisso com a “newsletter - pouco letter” :D